terça-feira, 16 de dezembro de 2014

XMAS in The Night esgota MEO Arena

A MEO arena esgotou no passado sábado, 13 de Dezembro, para ouvir as músicas de Vasco Palmeirim, cantar com os seus apresentadores de rádio preferidos e partilhar uma noite de festa e gargalhada com a Rádio Comercial.
A rádio número 1 de Portugal esgotou o concerto “Xmas in the night”, cujo objetivo principal consistia na angariação de fundos para a Missão Sorriso, projeto solidário do Continente que ajuda portugueses carenciados, enquanto “cantavam” para o público português.
Pedro Ribeiro, Nunk Markl, Vanda Miranda e Vasco Palmeirim fizeram as delícias dos quase 15 mil portugueses (dos quais metade seriam crianças) que se deslocaram ao Parque das Nações naquela noite. Cantaram, apesar de Nuno Markl ter avisado que quem estivesse presente “pela afinação [de voz]” iria “ter uma grande desilusão”, brincaram e partilharam o gosto pelo trabalho que fazem, e as vantagens de terem a profissão que têm, podendo chegar a tanta gente. Cantaram os vários hits de Vasco Palmeirim, e a festa começou verdadeiramente quando saíram do palco principal e foram para um mais pequeno, no centro da plateia. Aí tocaram a “seção pimba” do concerto, tendo incentivado, como no ano passado, diz quem foi, uma série de comboios humanos por todo o pavilhão. O que começou por ser uma brincadeira, com a mãe de Vasco a conduzir um comboio de crianças pelo meio das cadeiras da plateia, e à volta do palco, contagiou também os adultos, e o público nas bancadas, tendo sido criados diversos comboios, e uma verdadeira festa “tuga”.
Chamaram depois, ao palco principal, Pedro Abrunhosa, que comemora os 20 anos do seu álbum Viagens, que conseguiu que o público iluminasse o pavilhão com as luzes dos seus telemóveis durante Tudo o Que Eu Te Dou, pondo-o de seguida a saltar com Socorro, Estou a Apaixonar-me. Encerrou a sua atuação com Voltar para os braços da minha mãe, cantado em conjunto com Camané.

Quando Pedro Abrunhosa saiu do palco, voltou Pedro Ribeiro, para homenagear Carlos do Carmo, e para Camané, ao lado de Ana Moura, cantarem Lisboa Menina e Moça do fadista português, recentemente homenageado com um Grammy. Apresentaram um vídeo do fadista que não pôde estar presente nesta noite, por ter um outro motivo de celebração, os 50 anos do seu casamento, mas que deixou um vídeo de agradecimento à rádio que o homenageou com Lisboa, Menina e Moça, cantada por 35 músicos portugueses, num video no youtube, recentemente.
Os restantes membros da equipa das manhãs voltaram ao palco e a festa seguiu depois com mais músicas de Vasco Palmeirim, convidando ainda Ricardo Araújo Pereira e o chef José Avillez a subir ao palco para ajudarem a cantar uma música cada um. Ricardo Araújo Pereira anunciou que a sua famosa “Mixórdia de Temáticas” irá voltar a animar as manhãs da Comercial a partir do início de 2015 e o chef José a Avillez que irá continuar com a sua contribuição em “O Chef Sou Eu”, também durante o programa das manhãs. Com uma "votação mental" do público português, a equipa das manhãs cantou ainda uma música dos U2, Desire.

O concerto encerrou com a música de Natal de 2014 da Rádio Comercial, tendo a equipa inteira da rádio subido ao palco, e fechando com chave de ouro: a famosa “Jessica Beatriz”, entoada por todas as vozes presentes no MEO Arena.

Ao terminar, enquanto desciam as escadas desde o pavilhão até à rua, crianças saltitavam, jovens entoavam as canções da noite, e pais sorriam. Uma vez mais a Rádio Comercial fez a alegria do seu público.

terça-feira, 25 de novembro de 2014

Manhã passada nas "Manhãs da Comercial"

Ontem tive oportunidade de fazer algo que nunca pensei que viesse a fazer:
Depois de anos a ouvir as manhãs da comercial a caminho do trabalho, para rir um bocadinho logo de manhã, ontem, no âmbito do curso de jornalismo que estou a fazer, fui até ao estúdio ver como se faz a rádio ao vivo. Falar com as pessoas que animam a minha manhã todos os dias. Entrevistadores como eu gostaria de ser um dia, e verdadeiros profissionais.

Passei a primeira hora e meia no gabinete de uma das produtoras da manhã, Patrícia Pereira, que me recebeu como a uma verdadeira colega e profissional da área, a perceber como se tratam as chamadas ininterruptas que chegam, de ouvintes ávidos de comunicar com os seus locutores preferidos, e fãs de futebol que queriam ganhar bilhetes para o jogo de hoje. A ver através da janela do seu gabinete, a mesa com os fones, microfones e botões que tantas vezes vi pelos vídeos, através da janela do youtube. Vanda Miranda aos comandos da edição (estando o Pedro Ribeiro de férias) e Vasco Palmeirim sempre a acompanhar com a sua alegria contagiante.

Pelas 8h30 a Vanda Miranda faz me um gesto a convidar-me a entrar e sentar me no sofá do estúdio. As próximas horas foram lá passadas, vendo em direto Nuno Markl a chegar, acelerado, atrasado e coberto de confetis de enfeites de Natal, vendo a entrevista ao chef José Avillez, as duas edições d'O Homem que mordeu o cão e as notícias com a Joana Batista. 

Até que chegaram as 10horas e chegou o meu momento de poder "entrevistá-los". Gostava de poder dizer que correu muito bem e foi maravilhoso, mas não foi bem verdade. Tendo dois meses de aulas, sendo a minha primeira entrevista, e tendo em conta o nervoso miudinho, foi pouco fluida e ficou a parecer mesmo uma entrevista, em vez de uma conversa, o que foi totalmente o oposto do meu objetivo. Ainda assim, não tenho nada mais que elogios para os meus entrevistados. A Vanda [Miranda] não se acanhou de dar as suas repostas sempre em primeiro lugar, e a incentivar a que mais perguntas fizesse, Nuno Markl sempre bem disposto e conversador, e o Vasco Palmeirim sempre com uma graça, mas bastante aberto e sincero. Não tenho mais que não seja agradecer-lhes o apoio e a oportunidade que me deram.



Tudo é de fato possível nesta vida, desde que se vá atrás.

Grande bem haja,
Rita Silvestre

domingo, 23 de novembro de 2014

One Republic consquitaram os corações da Meo Arena

One Republic não vinham a Portugal há seis anos mas prometeram que nos 90 minutos seguintes iam fazer a festa de modo a compensar isso. E foi o que fizeram.

O concerto começou com o palco escondido por uma cortina branca, que revelou a banda ao som de Light it up e despertou a vontade de dançar dos cerca de 13 mil portugueses que preencheram a Meo Arena na noite da passada sexta feira. Com os saltos contagiantes de Ryan Tedder (vocalista) e a energia da sua música, algumas pessoas começaram a fazer ameaças de se levantar das suas cadeiras, nas bancadas, para poderem aproveitar o momento, mas o seu entusiasmo foi cortado pelas pessoas da fila de trás, que davam um toquezinho no ombro e abanavam a cabeça negativamente, pedindo respeito por quem não se queria levantar.

Ao longo de 90 minutos desfilaram pelo palco uma constante de energia e um non-stop de hits que puseram toda a Arena a cantar em conjunto com a banda, e por várias vezes Ryan não acabava os refrões, deixando essa tarefa entregue ao público. Exclamou por duas vezes “amo-vos!” em bom português e disse que Portugal era um dos três países que conhecia e que tinham vontade de voltar sempre em férias. No pequeno palco central no meio da plateia fizeram uma sucessão de músicas em acústico com Too late to apologize apenas com piano e violoncelo, e, já com o resto da banda no pequeno palco, tocaram ainda Budapest de George Ezra, com um cheirinho de country. O ritmo contagiante fez com que mais tentativas fossem feitas nas bancadas, para dançar, mas ainda assim com reações adversas das filas acima.
Essas reações foram ignoradas por completo quando, ao som de Good Life, foram exibidas no écran de fundo do palco imagens da cidade de Lisboa. Toda a Arena se levantou e cantou e aplaudiu e gritou até ao final, passando pela pausa antes do encore e do próprio encore.
No final, enquanto a multidão saia pelas portas que iam abrindo, ainda a maior parte cantava as últimas músicas a ser tocadas e comentavam como tinha sido bom e de como tinham gostado. Os One Republic prometeram voltar em breve, com novo álbum, novos instrumentos e novas roupas, e público português ficará a aguardar.

A primeira parte do concerto foi feita pelos sul africanos Kongos, uma banda composta por quatro irmãos (os Kongos), que trazem ao rock a presença do acordéon e que conseguem cativar o público com a sua energia em palco e com os refrões facilmente memorizáveis. Quando tocaram a música Escape, pediram por isqueiros, telemóveis ou que fosse que o público tivesse à mão que pudessem usar para acender e tal foi a adesão, ao pedido, tal foi o numero de telemóveis (os isqueiros caíram no esquecimento) a brilhar no escuro da Meo Arena, que eu consegui tirar o meu caderninho da mala e tomar algumas notas para esta reportagem. Deixaram o público animado e pronto para receber o que aí vinha a seguir.


quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Meia Noite Sangrenta...

Ter animais é muito bom! Ter cães ou gatos ou animais de outra espécie em casa, a fazer companhia e dar miminhos é uma das melhores coisas que há! Sentir o amor deles, a necessidade da nossa presença, o confiarem em nós...é impagável!

Não tão bom é a outra cara da moeda...as dentadinhas, as arranhadelas, as brincadeiras que de um momento para o outro correm mal...
Ontem foi uma dessas noites. Uma noite inicialmente pacata que acabou comigo no sofá a segurar um bocado de algodão ensopado em água oxigenada numa coxa, outro bocado um bocadinho acima do lábio e uma pedra de gelo no lábio.

Tudo começou comigo esticada no sofá a ver o terceiro Indiana Jones, e o Mika a passear pela sala, miando pelos cantos, claramente à procura de qualquer coisa. Tinha comida, águinha fresca e areia limpa pelo que não seria nenhuma dessas coisas. Ás tantas veio ter comigo ao sofá e lembrei me que tinha o novo brinquedo preferido dele no bolso da sweater que tinha vestida: uma pequena galinha de tecido que ele persegue por horas a fio pela casa. Tirei-a do bolso, agitei-a no ar à frente dele e os olhinhos brilharam, juntamente com um "miah!!". Era isso mesmo que ele queria!

Atirei a pequena galinha corredor fora, para ele a apanhar e foi aqui que teve início o caos! Na sua ânsia de apanhar o bichinho de tecido cravou as garras e arrancou a 100km/h pelo corredor fora...mas não foi no sofá que as cravou. Foi na minha coxa esquerda, apenas protegida por umas calças de pijama de verão! Uma dor aguda espalhou se pela perna. Arregacei as calças e vi começarem a surgir 5 risquinhos vermelhos, cada vez mais fortes! Pus a mão por cima e fui tão rápido quanto consegui para a casa de banho, em busca do kit de 1os socorros para desinfetar os risquinhos!

A meio do processo um cotonete ensopado em betadine rebolou da bancada para o chão e vossa excelência o gato, que por ali andava no momento à procura da galinha que tinha ido para baixo do móvel da casa de banho, decidiu ir investigar o que era a coisa comprida e engraçada que tinha caído para o chão. Sabendo eu que ele lambe tudo o que encontra, e estando o cotonete ensopado em produtos muito provavelmente prejudiciais à sua saúde estomacal, gritei "Mika...não!!" enquanto me baixava para apanhar o cotonete. O gato, com a adrenalina em alta de ter andado à caça da galinha e provavelmente sensível com o cheiro dos produtos, assustou-se e deu no ar uma semi-pirueta à karaté kid (ainda agora consigo vê-la em câmara lenta, com os olhos da mente: a torção perfeita da coluna, as patas esticadas, a aterragem suave no chão...quase consigo ouvir o coraçãozinho dele a batucar com o susto!)...com as unhas de fora! A segunda parte (e última felizmente) da noite acidentada foi esta: um arranhão desde o nariz ao lábio de baixo!

Ensopei um bocado de algodão em água oxigenada que pus na coxa, um bocadinho mais pequeno que pus na cara, e uma pedra de gelo no lábio de baixo, visto que este estava a começar a inchar.

Passei o resto da noite a fugir do Mika (não fosse por acidente mais alguma parte de mim ficar arranhada...já não tinha mais mãos para segurar mais pedaços de algodão...) e ele a fugir de mim, provavelmente arreliado com o cheiro dos desinfetantes.

Hoje de madrugada acordei, como se nada tivesse acontecido, com ele a arranhar a porta do quarto e a miar ininterruptamente desde cerca das 5h30... Não foi exatamente um banho de sangue, foram meia dúzia de arranhões, mas tenho que puxar a brasa à minha sardinha :)

Cá estou...hei de sobreviver. Nenhuma das mazelas foi feita com maldade. Faz parte de viver com um gatinho cheio de energia :)

Um muito bom dia e um grande bem haja!
Rita**

quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Croácia 2014 (Pt2)

Boas pessoal!


Cá vamos para a continuação da viagem à Croácia.

Tínhamos tido um dia cansativo de viagens de avião, madrugada num aeroporto e uma caminhada de cerca de 8km pelo meio de Marjan antes de chegarmos à maravilhosa praia de Bene. Jantamos muito bem, no Teatrino, restaurante mesmo ao lado do Teatro Nacional e fomos descansar. Nessa noite apanhámos a primeira do que seria uma grande quantidade de trovoadas durante a viagem.

Jantar do primeiro dia

No dia seguinte acordámos e a cidade estava como se nada estivesse acontecido. Estradas lavadinhas e molhadas, é certo, mas nada de poças ou de cheias pelas ruas. Os peixes a serem transportados para o mercado, o marisco já a contorcer-se nas bancas e os legumes já a brilharem, cuidadosamente empilhados...Era uma cidade onde tinha havido uma noite tranquila. Fomos para o ponto de encontro, para apanharmos a nossa excursão e 10 minutos antes da hora combinada estávamos junto à fonte, à espera, entusiasmados com a partida. Chegou a hora e ninguém com ar de guia vinha ter connosco pelo que fui ter com uma menina fardada de branco, quase como os marinheiros, perguntar se sabia de algo acerca das excursões para Krka. Abanou a cabeça dizendo que não e voltei para a nossa espera (fiquei a saber mais tarde que esses jovens fardados de branco são, digamos que como os nosso funcionários da EMEL. Não é isso exatamente, são para ajudar no estacionamento e na circulação, mas é parecido).

Cerca de cinco minutos depois da hora chegou então um mini autocarro azul escuro. Pára ao pé da fonte e um grande homem com cabelo muito curto põe a cabeça de fora da porta e grita "Krka!!!". Seria o nosso guia: Ernest. De todos os cantos da praça pessoas começam a movimentar-se em direção ao autocarro. Conseguimos o lugar mesmo atrás do condutor, perfeito para ver todas as vistas em primeira mão, toda a gente se instala e partimos em direção ao Norte. 


Ernest veio a revelar-se um guia muito espirituoso. Nascido e criado em Trogir, não se farta de elogiar a sua cidade (dizendo que é usada em filmes que querem filmar em Veneza mas não têm orçamento para tal) e recomendando que assim que tivermos tempo a vamos visitar. Tomamos nota mental para os dias em que vamos andar de carro: Trogir.

A viagem até Krka é feita pelo meio das colinas e montanhas, com vegetação mais rasteira. Ernest explica-nos que uma faísca naquele mato e tudo arderá em segundos. Algumas encostas encontram-se "escadeadas" com terraços de pedra (como as nossas nas encostas do Douro, para as videiras), que antes eram usados pelos agricultores que ali habitavam. Aquando da revolução industrial e o crescimento de cidades como Split, os campos foram abandonados. Todos partiram para as cidades em busca de uma vida melhor. E assim, ao longo da estrada vemos os terraços abandonados e as casas em ruínas.

Quando começamos a aproximar-nos da zona do Parque Nacional de Krka umas nuvens negras começam a fazer-se ver, e quando iniciamos a descida para as cataratas começa a chover torrencialmente. À entrada do Parque compramos um pequeno chapéu de chuva que será a nossa única proteção, visto que vínhamos a contar com um dia de sol e banhos nas famosas cataratas, tendo os impermeáveis ficado no quarto de hotel.

O Parque Nacional de Krka é o parque das cataratas. Uma imensidão de cascatas a tombar montanha abaixo, no meio de uma interminável manta verde. As passadeiras de madeira levam-nos onde temos que ir, serpenteando pelo meio da vegetação. Na maior catarata do parque alguns corajosos tomam banho nas frias águas. Eu não. Com muita pena minha. Mas se tomar banho e ficar molhada todo o dia, com o frio do ar condicionado do autocarro arrisco uma constipação logo no primeiro dia de viagem por isso não mergulho onde pensava vir a mergulhar desde à meses. O parque é uma maravilha, mas penso que devido à chuva não o aproveitamos como deveríamos.

Krka

Krka

Mosteiro de Visovac

Molhados da chuva e cansados regressamos ao autocarro para nos deslocarmos até ao sitio onde almoçaremos. O guia arranjou um almoço numa cabana típica, com produtos "fabricados" no local. Presunto, chouriço e diferentes outros enchidos. Tomates, azeite e vinho e licores caseiros. Assim foi o nosso almoço, composto de "petiscos". Passeamos um pouco pela zona do almoço, que estava ainda inserido em Krka, e depois partimos rumo a Sibenik: uma importante cidade histórica da Dalmácia. Adorei a sua imponente catedral, as suas ruas estreitinhas, as suas janelas enfeitadas com dezenas de vasos de flores, e principalmente os seus gelados artesanais. Ernest apresentou-nos a catedral e depois deixou-nos deambular pela cidade. Foi aqui, neste dia, que tivemos oportunidade de entrar para a Guerra dos Tronos, mas achamos por bem não estragar o casting  às pessoas que já se encontravam na fila interminável. Fica para a próxima, quem sabe.

Catedral de Sibenik

Catedral de Sibenik

Voltámos depois para Split, ao fim do dia, com o ar satisfeito de quem está de férias, de quem andou o dia inteiro a passear, e de quem tem ainda mais uma semana inteirinha de aventuras e paisagens maravilhosas pela frente, prontos para repousar.

Até breve!
Bem haja,
Rita**



terça-feira, 9 de setembro de 2014

Sejamos felizes!

Bom dia!
Hoje foi noite de enxaqueca.
Enquanto esperava que a dor fosse embora para conseguir adormecer e me lamentava para a minha almofada das dores terríveis que estava a sentir, lembrei me das notícias que vemos todos os dias: das coisas terríveis que acontecem por esse mundo fora todos os dias, e do quão sortudos a maioria de nós somos, mesmo sem o saber.

Queixamo-nos das dores musculares depois de irmos ao ginásio, do cansaço de ter que subir três lanços de escadas porque o elevador avariou, da comida da cantina, do trânsito para chegar a casa, do barulho que fazem os nossos filhos porque querem brincar connosco... E os outros? As pessoas nos outros locais do mundo que têm que fugir de bombas? De tiroteios, de violações, de raptos, de doenças incontroláveis? Os que são arrancados às famílias ou os vêem morrer à sua frente. Os que perdem mães, pais, irmãos, vizinhos e até só conhecidos, porque alguém decidiu que uma religião é melhor que outra, ou porque querem chegar ao poder.... De que se queixam essas pessoas? Que ficam sem casas, sem família, sem perspetiva de vida que não seja sobreviver a próxima hora? Conseguir engolir uma gotinha de água, um grão de arroz...?

Acho que devíamos queixar-nos menos. Ser mais felizes. Não dar importância a coisas sem significado. Focarmo-nos no bom da vida, do que temos. De podermos ir ao ginásio, de termos uma casa para a qual temos que subir degraus, de termos comida todos os dias, de termos um carro para conduzir, de as nossas crianças serem tão felizes que querem gritar e brincar connosco. E até das dores  de cabeça. Dores bem piores existirão por esse mundo fora.

Sejamos felizes! :)

Bem haja!

quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Croácia 2014 (Pt1)

Olá malta!

Cá estou de novo em frente ao computador, tentando passar para palavras as experiências por que passamos durante a última expedição.

A nossa viagem pela Croácia começou depois de  4horas de vôo (3 horas de Lisboa a Milão e uma de Milão a Split) com um intervalo de 6 horas de escala no aeroporto de Milão. Nunca tinha visto tanta gente a dormir num aeroporto. Todos os bancos estavam ocupados, e antes de passarmos pela segurança, tivemos que nos instalar confortavelmente no chão durante um par de horas. Quando a segurança abriu pudemos então entrar para a zona das salas de embarque e aí tínhamos diversos bancos à escolha para nos esticarmos e tentarmos descansar, apesar das luzes, dos barulhos das instalações sanitárias, do frio que fazia por lá, e do alarme de incêndio que teimava em disparar de quando em vez.

Mas essas horinhas de tortura do sono valeram a pena quando aterramos, saímos do avião a pé até ao aeroporto e olhamos em volta e percebemos que nos encontramos rodeados por verdura e montanhas rochosas ao longe. Respiramos o ar quente de Hrvatska: Chegámos!
Conseguimos apanhar um autocarro direto para o centro de Split e aí, antes de mais alguma coisa tivemos que sentar numa esplanada, comer qualquer coisa, e ingerir uma bebida quentinha.

São 9h00 da manhã de domingo em Split e a cidade já está bem acordada. Fazemos o nosso percurso pela parte antiga da cidade, a pé, à beira mar, com as mochilas às costas e sinto o verdadeiro espírito do viajante. A alegria de estar noutro país, conhecer outros costumes, outra gastronomia, outras paisagens, outras pessoas. O medo de não conseguir aprender tudo o que há para aprender, ou absorver todas as experiências que irei ter. A expectativa de chegar a todos os sítios que iremos visitar e guardar comigo tudo o que iremos ver e sentir.

A minha mente vagueia por todas as fotografias e vídeos que vimos ao planear a viagem, enquanto ao meu redor as esplanadas já estão cheias de estrangeiros e croatas a espantar o sono com cafés, as ruas enchem se de vida com pessoas que se deslocam para as praias das proximidades da cidade, o mercado já tem as bancas repletas de lulas, peixes brilhantes, marisco fresco e frutas e legumes com as cores mais impressionantes que já vi. O sol brilha na água que banha a cidade e as pequeninas janelas nos edifícios de pedra têm as portadas de madeira abertas para receber o seu calor. Já gosto desta cidade.


 Split Vista do miradouro de Marjan

Encontramos o nosso hostel, largamos a bagagem pesada, vestimos os fatos de banho e uma roupa mais fresca do que a que levávamos vestida de Lisboa, penduramos as máquinas fotográficas e partimos à descoberta.

Começamos o nosso passeio a pé pela mata de Marjan. Segundo a indicação do GPS, um kilómetro acima do miradouro que nos permitiu ver a cidade inteira de cima, haverá uma descida que nos levará a uma praia. Caminhamos, entusiasmados com a perspetiva de um mergulho nas águas cristalinas prometidas em todas as fotografias que vimos, e cerca de meia hora depois continuamos no meio da mata, sem atalho para a praia à vista. Um casal caminha na nosso sentido e aproveito para perguntar se estamos a ir na direção certa para a praia. A senhora diz que sim senhor. Naquela direção, mais uns 7 kilómetros e estamos na praia. Olhamos um para o outro com rugas na testa, encolhemos os ombros e seguimos caminho. Que outra hipótese temos? Vamos conversando e trocando experiências de viagens passadas, com o novo casal, companheiro de caminhada e a descida não se torna tão complicada.

Vista da caminhada até à praia

A promessa de praia, ao longe

Muitos litros de transpiração depois, chegamos a Bene. Uma praia maravilhosa, com pouca gente, onde podemos relaxar. A água é de uma transparência que nunca tinha experimentado e a temperatura da água nem nos obriga a respirar fundo, ou hesitar antes de mergulhar. Ficamos por aqui um par de horas, descansamos os pés, refrescamo-nos com o nosso primeiro gelado da viagem e depois voltamos para a cidade, para descansar, jantar e carregar baterias para a primeira excursão, no dia seguinte.


Praia de Bene

Que ficará para o próximo post, visto que este já vai longo demais. Ainda não estou a escrever um livro, por isso por aqui vos deixo :)

Até à próxima.

Grande bem haja,
Rita**

segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Croácia 2014 (Intro)

Olá malta!

Já há algum tempo não escrevia e nem sei porquê. Tenho uma fonte de inspiração em casa que é do melhor que se pode pedir: um gatinho em desenvolvimento. Todas as peripécias e aventuras podiam dar um livro! Todos os "acidentes" e traquinices, todas as festinhas e miminhos. Sabe me tão bem estar à noite sentada em frente ao computador, com a luz diminuída, com o gatinho na cadeira ao lado, à espera que lhe dê atenção, a teclar no computador. A compor o texto para ficar como eu quero. Trocar palavras, pontuações e frases de lugar até estar como eu acho que deve ficar. 
Um dia farei a compilação das histórias de ter um bichinho companheirão em casa. Por hoje, é dia de relato de uma viagem maravilhosa. É dia de introdução à viagem da Croácia.

Tentei escrever os relatos (e cheguei a fazer alguns rascunhos) enquanto ia em viagens de mini bus ou em "tempos mortos" mas o cansaço foi muito. Foram três dias iniciais com três excursões, com uma média de 600km por dia e depois quatro dias com carro alugado que resultou numa média de 200km por dia (sendo que um dos dias o carro não andou) por isso...os "tempos mortos" eram para descansar os pés e refazer o corpo para o dia seguinte.

Foram 7 dias de paisagens incríveis. De quedas de água infindáveis, de cores de azul profundo, de águas transparentes, de vegetação tão frondosa que julgava possível apenas em florestas virgens e nunca em parques que são visitados por milhares de pessoas diariamente. Foram 7 dias de praias maravilhosas, de pessoas atenciosas e de refeições deliciosas.

Como disse hoje o meu avô: "Viajar é como coçar...o mal é começar". E é de facto a verdade. Viajar é um dos maiores prazeres que tenho na vida. E conseguir relatar isso é das coisas mais deliciosas que faço. 

A primeira excursão que fizemos neste maravilhoso país foi ao Parque Nacional de Krka - o parque das cataratas - e será o que irei relatar no próximo post. Até lá deixo aqui algumas fotografias de Krka.





Esperando que gostem, despeço-me até breve.

Grande bem haja,
Rita

sábado, 21 de junho de 2014

1ª Viagem à Noruega 2/2

Boas tardes!

Hoje não houve muito passeio um vez que ontem foi dia de festa e de caminhar de saltos altos pelas subidas e descidas da cidade... 

Ontem foi dia de casamento tuga, com uma festa caseira portuguesa num pátio interior, rodeado de prédios e Noruegueses curiosos. Não faltaram os pastéis de bacalhau, as pataniscas, os queijinhos e o vinho tinto, entre muitas outras delícias. Acrescentou-se ainda o convívio com pessoas de diferentes nacionalidades que permitiu desenferrujar o inglês e um bocadinho de fado, cantado por uma amiga da noiva, que fez os vizinhos vir espreitar às janelas o que estava a acontecer. O fim da noite foi para arrumar os resquícios da festa por isso hoje foi dia de acordar mais tarde, arrumar o que faltava e sair para almoçar e dar uma voltinha. 

Casamento com muito amor

Com a barriguinha cheia fomos até Bygdoy (o "o" é um "o" traçado mas não encontro aqui no teclado) ver o museu viking. Está muito interessante. Não é um espaço muito grande mas tem no seu interior quatro barcos viking. Um deles, encontrado por acaso por um agricultor e depois desenterrado muito cuidadosamente e reparado mais cuidadosamente ainda por arqueólogos e outros peritos, encontra-se em quase perfeitas condições. Ao vê-lo é impossível não imaginar homens grandes, fortes e barbudos, com capacetes metálicos de chifres de lado, com grandes mocas com espigos metálicos na mão, a bradar aos Deuses, navegando por um mar tempestuoso. 






Depois, para relaxar e curtir a última tarde (desta primeira visita), fomos dar um passeio com calma na enseada e marina de Oslo. Cada um equipado com o seu gelado preferido na mão, caminhamos pela beira de água, continuando a admirar que até nas ruas menos movimentadas todos os pequenos canteiros têm flores fresquinhas, recentemente plantadas e extremamente bem cuidadas. Em cada janela e varanda há um vaso de flores e as ruas são das mais limpas que conheço. 




A noite será para jantar em casa e arrumar a mala para o regresso de amanhã. Aqui, pelo menos nestes dias de verão, as noites são muito bem aproveitadas. À meia noite, se nos guiarmos apenas pelo nosso relógio biológico, damos por nós a mexer e fazer coisas, cheios de vontade, por culpa da luz solar que entra pelas janelas. Diria que nesta altura do ano, a meia noite aqui em termos de luz, equivale às 20h00 de Portugal. Todos estes dias tive que dormir com aquelas máscaras tapa-olhos para não despertar nas primeiras horas da (suposta) noite com o nascer do sol, que ocorre cerca das 3h00 da manhã. É esquisito. Mas é típico :)

E penso que será tudo desta vez. Espero voltar em breve.

Grande bem haja,
Rita

quinta-feira, 19 de junho de 2014

1ª Viagem à Noruega 1/2

Olá maltinha!

Estou de volta às viagens! Desta vez é uma viagem pequenina, de 4 dias apenas, até à Noruega.

Cheguei ontem a Oslo, depois da hora de almoço e entretanto já consegui ir ao jardim das estátuas (estava um calor abrasador ontem), ao museu do Nobel da Paz (onde chegámos por acaso mesmo a horas de uma visita guiada em inglês, à borla),  à câmara (onde chegámos por acaso mesmo a horas de uma visita guiada em inglês), caminhar pela principal rua da cidade (tendo sido necessário procurar abrigo da chuva intensa numa loja durante uns minutinhos), caminhar até ao Palácio Real (onde chegámos por acaso mesmo a horas de ver o render da guarda), apanhar o elétrico até a estação central de Oslo para depois caminhar um bocadinho até à Opera, que subimos até ao telhado para termos uma vista panorâmica da cidade e da baía e descansar os pés e as pernas durante 5 minutos que não pararam o dia todo!

A saída de Lisboa


 A chegada à Noruega



A cidade é muito ao meu gosto. Tem prédios com não mais de 3 ou 4 andares na maioria da cidade. Tem muitas árvores, muita verdura e MUITAS flores fresquinhas, a maior parte acabadinhas de plantar (dizem os amigos que aqui moram que há uns dias atrás andavam a medir a temperatura e outros parâmetros da terra para ver se era ideal plantar as florzinhas).

Jardim das Estátuas (Vigeland Park)

Jardim das Estátuas (Vigeland Park)

Jardim das Estátuas (Vigeland Park)

Jardim das Estátuas (Vigeland Park)

Jardim das Estátuas (Vigeland Park)

Jardim das Estátuas (Vigeland Park)

Jardim das Estátuas (Vigeland Park)

Jardim das Estátuas (Vigeland Park)

Jardim das Estátuas (Vigeland Park)


O museu do prémio Nobel da Paz é muito educativo. Aprendi muita coisa que não sabia, maioritariamente em relação ao próprio Sr Nobel.

 Museu do prémio Nobel da Paz

 A minha mensagem (act)

A parede das mensagens 

 O jardim dos Laureados



O Edifício da câmara é maravilhoso por dentro e por fora. Tem uma sequência de imagens em madeira, pintadas, com diversas histórias e lendas da Noruega e o interior (onde é entregue o prémio Nobel da paz) é majestoso! É um salão supreendente! Com capacidade para mil pessoas, tem cerimónias muito frequentemente. Disse o nosso guia que a semana passada tinham tido um jantar e condecoração de enfermeiros/as e que amanhã seria a vez dos polícias e que todos os anos, pela altura do Natal fazem no salão um jantar para todos os sem abrigo de Oslo.


Tapeçaria com a cidade de Oslo

Salão da câmara

O Palácio Real e os jardins são uma beleza, como na realidade todos os jardins por onde fomos passando.

O Teatro Nacional

O Parlamento

O Palácio Real

Jardins Reais

Amanhã não haverá muito passeio, que é dia para comemorações. Mas sábado conto ter mais novidades de mais locais maravilhosos.
A única queixa que tenho para já deste país é (como em quase todos os países que não são o nosso Portugal) a comida. Sandwiches, hamburgueres, pizzas...coisas rápidas para comer. Faltam as coisas boas, típicas, gostosas... De resto...Está a parecer-me bem :)

Beijinhos e grande bem haja!
Rita