terça-feira, 25 de novembro de 2014

Manhã passada nas "Manhãs da Comercial"

Ontem tive oportunidade de fazer algo que nunca pensei que viesse a fazer:
Depois de anos a ouvir as manhãs da comercial a caminho do trabalho, para rir um bocadinho logo de manhã, ontem, no âmbito do curso de jornalismo que estou a fazer, fui até ao estúdio ver como se faz a rádio ao vivo. Falar com as pessoas que animam a minha manhã todos os dias. Entrevistadores como eu gostaria de ser um dia, e verdadeiros profissionais.

Passei a primeira hora e meia no gabinete de uma das produtoras da manhã, Patrícia Pereira, que me recebeu como a uma verdadeira colega e profissional da área, a perceber como se tratam as chamadas ininterruptas que chegam, de ouvintes ávidos de comunicar com os seus locutores preferidos, e fãs de futebol que queriam ganhar bilhetes para o jogo de hoje. A ver através da janela do seu gabinete, a mesa com os fones, microfones e botões que tantas vezes vi pelos vídeos, através da janela do youtube. Vanda Miranda aos comandos da edição (estando o Pedro Ribeiro de férias) e Vasco Palmeirim sempre a acompanhar com a sua alegria contagiante.

Pelas 8h30 a Vanda Miranda faz me um gesto a convidar-me a entrar e sentar me no sofá do estúdio. As próximas horas foram lá passadas, vendo em direto Nuno Markl a chegar, acelerado, atrasado e coberto de confetis de enfeites de Natal, vendo a entrevista ao chef José Avillez, as duas edições d'O Homem que mordeu o cão e as notícias com a Joana Batista. 

Até que chegaram as 10horas e chegou o meu momento de poder "entrevistá-los". Gostava de poder dizer que correu muito bem e foi maravilhoso, mas não foi bem verdade. Tendo dois meses de aulas, sendo a minha primeira entrevista, e tendo em conta o nervoso miudinho, foi pouco fluida e ficou a parecer mesmo uma entrevista, em vez de uma conversa, o que foi totalmente o oposto do meu objetivo. Ainda assim, não tenho nada mais que elogios para os meus entrevistados. A Vanda [Miranda] não se acanhou de dar as suas repostas sempre em primeiro lugar, e a incentivar a que mais perguntas fizesse, Nuno Markl sempre bem disposto e conversador, e o Vasco Palmeirim sempre com uma graça, mas bastante aberto e sincero. Não tenho mais que não seja agradecer-lhes o apoio e a oportunidade que me deram.



Tudo é de fato possível nesta vida, desde que se vá atrás.

Grande bem haja,
Rita Silvestre

domingo, 23 de novembro de 2014

One Republic consquitaram os corações da Meo Arena

One Republic não vinham a Portugal há seis anos mas prometeram que nos 90 minutos seguintes iam fazer a festa de modo a compensar isso. E foi o que fizeram.

O concerto começou com o palco escondido por uma cortina branca, que revelou a banda ao som de Light it up e despertou a vontade de dançar dos cerca de 13 mil portugueses que preencheram a Meo Arena na noite da passada sexta feira. Com os saltos contagiantes de Ryan Tedder (vocalista) e a energia da sua música, algumas pessoas começaram a fazer ameaças de se levantar das suas cadeiras, nas bancadas, para poderem aproveitar o momento, mas o seu entusiasmo foi cortado pelas pessoas da fila de trás, que davam um toquezinho no ombro e abanavam a cabeça negativamente, pedindo respeito por quem não se queria levantar.

Ao longo de 90 minutos desfilaram pelo palco uma constante de energia e um non-stop de hits que puseram toda a Arena a cantar em conjunto com a banda, e por várias vezes Ryan não acabava os refrões, deixando essa tarefa entregue ao público. Exclamou por duas vezes “amo-vos!” em bom português e disse que Portugal era um dos três países que conhecia e que tinham vontade de voltar sempre em férias. No pequeno palco central no meio da plateia fizeram uma sucessão de músicas em acústico com Too late to apologize apenas com piano e violoncelo, e, já com o resto da banda no pequeno palco, tocaram ainda Budapest de George Ezra, com um cheirinho de country. O ritmo contagiante fez com que mais tentativas fossem feitas nas bancadas, para dançar, mas ainda assim com reações adversas das filas acima.
Essas reações foram ignoradas por completo quando, ao som de Good Life, foram exibidas no écran de fundo do palco imagens da cidade de Lisboa. Toda a Arena se levantou e cantou e aplaudiu e gritou até ao final, passando pela pausa antes do encore e do próprio encore.
No final, enquanto a multidão saia pelas portas que iam abrindo, ainda a maior parte cantava as últimas músicas a ser tocadas e comentavam como tinha sido bom e de como tinham gostado. Os One Republic prometeram voltar em breve, com novo álbum, novos instrumentos e novas roupas, e público português ficará a aguardar.

A primeira parte do concerto foi feita pelos sul africanos Kongos, uma banda composta por quatro irmãos (os Kongos), que trazem ao rock a presença do acordéon e que conseguem cativar o público com a sua energia em palco e com os refrões facilmente memorizáveis. Quando tocaram a música Escape, pediram por isqueiros, telemóveis ou que fosse que o público tivesse à mão que pudessem usar para acender e tal foi a adesão, ao pedido, tal foi o numero de telemóveis (os isqueiros caíram no esquecimento) a brilhar no escuro da Meo Arena, que eu consegui tirar o meu caderninho da mala e tomar algumas notas para esta reportagem. Deixaram o público animado e pronto para receber o que aí vinha a seguir.