quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Croácia 2014 (Pt1)

Olá malta!

Cá estou de novo em frente ao computador, tentando passar para palavras as experiências por que passamos durante a última expedição.

A nossa viagem pela Croácia começou depois de  4horas de vôo (3 horas de Lisboa a Milão e uma de Milão a Split) com um intervalo de 6 horas de escala no aeroporto de Milão. Nunca tinha visto tanta gente a dormir num aeroporto. Todos os bancos estavam ocupados, e antes de passarmos pela segurança, tivemos que nos instalar confortavelmente no chão durante um par de horas. Quando a segurança abriu pudemos então entrar para a zona das salas de embarque e aí tínhamos diversos bancos à escolha para nos esticarmos e tentarmos descansar, apesar das luzes, dos barulhos das instalações sanitárias, do frio que fazia por lá, e do alarme de incêndio que teimava em disparar de quando em vez.

Mas essas horinhas de tortura do sono valeram a pena quando aterramos, saímos do avião a pé até ao aeroporto e olhamos em volta e percebemos que nos encontramos rodeados por verdura e montanhas rochosas ao longe. Respiramos o ar quente de Hrvatska: Chegámos!
Conseguimos apanhar um autocarro direto para o centro de Split e aí, antes de mais alguma coisa tivemos que sentar numa esplanada, comer qualquer coisa, e ingerir uma bebida quentinha.

São 9h00 da manhã de domingo em Split e a cidade já está bem acordada. Fazemos o nosso percurso pela parte antiga da cidade, a pé, à beira mar, com as mochilas às costas e sinto o verdadeiro espírito do viajante. A alegria de estar noutro país, conhecer outros costumes, outra gastronomia, outras paisagens, outras pessoas. O medo de não conseguir aprender tudo o que há para aprender, ou absorver todas as experiências que irei ter. A expectativa de chegar a todos os sítios que iremos visitar e guardar comigo tudo o que iremos ver e sentir.

A minha mente vagueia por todas as fotografias e vídeos que vimos ao planear a viagem, enquanto ao meu redor as esplanadas já estão cheias de estrangeiros e croatas a espantar o sono com cafés, as ruas enchem se de vida com pessoas que se deslocam para as praias das proximidades da cidade, o mercado já tem as bancas repletas de lulas, peixes brilhantes, marisco fresco e frutas e legumes com as cores mais impressionantes que já vi. O sol brilha na água que banha a cidade e as pequeninas janelas nos edifícios de pedra têm as portadas de madeira abertas para receber o seu calor. Já gosto desta cidade.


 Split Vista do miradouro de Marjan

Encontramos o nosso hostel, largamos a bagagem pesada, vestimos os fatos de banho e uma roupa mais fresca do que a que levávamos vestida de Lisboa, penduramos as máquinas fotográficas e partimos à descoberta.

Começamos o nosso passeio a pé pela mata de Marjan. Segundo a indicação do GPS, um kilómetro acima do miradouro que nos permitiu ver a cidade inteira de cima, haverá uma descida que nos levará a uma praia. Caminhamos, entusiasmados com a perspetiva de um mergulho nas águas cristalinas prometidas em todas as fotografias que vimos, e cerca de meia hora depois continuamos no meio da mata, sem atalho para a praia à vista. Um casal caminha na nosso sentido e aproveito para perguntar se estamos a ir na direção certa para a praia. A senhora diz que sim senhor. Naquela direção, mais uns 7 kilómetros e estamos na praia. Olhamos um para o outro com rugas na testa, encolhemos os ombros e seguimos caminho. Que outra hipótese temos? Vamos conversando e trocando experiências de viagens passadas, com o novo casal, companheiro de caminhada e a descida não se torna tão complicada.

Vista da caminhada até à praia

A promessa de praia, ao longe

Muitos litros de transpiração depois, chegamos a Bene. Uma praia maravilhosa, com pouca gente, onde podemos relaxar. A água é de uma transparência que nunca tinha experimentado e a temperatura da água nem nos obriga a respirar fundo, ou hesitar antes de mergulhar. Ficamos por aqui um par de horas, descansamos os pés, refrescamo-nos com o nosso primeiro gelado da viagem e depois voltamos para a cidade, para descansar, jantar e carregar baterias para a primeira excursão, no dia seguinte.


Praia de Bene

Que ficará para o próximo post, visto que este já vai longo demais. Ainda não estou a escrever um livro, por isso por aqui vos deixo :)

Até à próxima.

Grande bem haja,
Rita**

segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Croácia 2014 (Intro)

Olá malta!

Já há algum tempo não escrevia e nem sei porquê. Tenho uma fonte de inspiração em casa que é do melhor que se pode pedir: um gatinho em desenvolvimento. Todas as peripécias e aventuras podiam dar um livro! Todos os "acidentes" e traquinices, todas as festinhas e miminhos. Sabe me tão bem estar à noite sentada em frente ao computador, com a luz diminuída, com o gatinho na cadeira ao lado, à espera que lhe dê atenção, a teclar no computador. A compor o texto para ficar como eu quero. Trocar palavras, pontuações e frases de lugar até estar como eu acho que deve ficar. 
Um dia farei a compilação das histórias de ter um bichinho companheirão em casa. Por hoje, é dia de relato de uma viagem maravilhosa. É dia de introdução à viagem da Croácia.

Tentei escrever os relatos (e cheguei a fazer alguns rascunhos) enquanto ia em viagens de mini bus ou em "tempos mortos" mas o cansaço foi muito. Foram três dias iniciais com três excursões, com uma média de 600km por dia e depois quatro dias com carro alugado que resultou numa média de 200km por dia (sendo que um dos dias o carro não andou) por isso...os "tempos mortos" eram para descansar os pés e refazer o corpo para o dia seguinte.

Foram 7 dias de paisagens incríveis. De quedas de água infindáveis, de cores de azul profundo, de águas transparentes, de vegetação tão frondosa que julgava possível apenas em florestas virgens e nunca em parques que são visitados por milhares de pessoas diariamente. Foram 7 dias de praias maravilhosas, de pessoas atenciosas e de refeições deliciosas.

Como disse hoje o meu avô: "Viajar é como coçar...o mal é começar". E é de facto a verdade. Viajar é um dos maiores prazeres que tenho na vida. E conseguir relatar isso é das coisas mais deliciosas que faço. 

A primeira excursão que fizemos neste maravilhoso país foi ao Parque Nacional de Krka - o parque das cataratas - e será o que irei relatar no próximo post. Até lá deixo aqui algumas fotografias de Krka.





Esperando que gostem, despeço-me até breve.

Grande bem haja,
Rita