One Republic não vinham a
Portugal há seis anos mas prometeram que nos 90 minutos seguintes iam fazer a
festa de modo a compensar isso. E foi o que fizeram.
O concerto começou com o palco
escondido por uma cortina branca, que revelou a banda ao som de Light it up e despertou
a vontade de dançar dos cerca de 13 mil portugueses que preencheram a Meo Arena
na noite da passada sexta feira. Com os saltos contagiantes de Ryan Tedder
(vocalista) e a energia da sua música, algumas pessoas começaram a fazer
ameaças de se levantar das suas cadeiras, nas bancadas, para poderem aproveitar
o momento, mas o seu entusiasmo foi cortado pelas pessoas da fila de trás, que
davam um toquezinho no ombro e abanavam a cabeça negativamente, pedindo
respeito por quem não se queria levantar.
Ao longo de 90 minutos desfilaram
pelo palco uma constante de energia e um non-stop de hits que puseram toda a
Arena a cantar em conjunto com a banda, e por várias vezes Ryan não acabava os
refrões, deixando essa tarefa entregue ao público. Exclamou por duas vezes “amo-vos!”
em bom português e disse que Portugal era um dos três países que conhecia e que
tinham vontade de voltar sempre em férias. No pequeno palco central no meio da
plateia fizeram uma sucessão de músicas em acústico com Too late to apologize
apenas com piano e violoncelo, e, já com o resto da banda no pequeno palco,
tocaram ainda Budapest de George Ezra, com um cheirinho de country. O ritmo
contagiante fez com que mais tentativas fossem feitas nas bancadas, para
dançar, mas ainda assim com reações adversas das filas acima.
Essas reações foram ignoradas por
completo quando, ao som de Good Life, foram exibidas no écran de fundo do palco
imagens da cidade de Lisboa. Toda a Arena se levantou e cantou e aplaudiu e
gritou até ao final, passando pela pausa antes do encore e do próprio encore.
No final, enquanto a multidão
saia pelas portas que iam abrindo, ainda a maior parte cantava as últimas
músicas a ser tocadas e comentavam como tinha sido bom e de como tinham
gostado. Os One Republic prometeram voltar em breve, com novo álbum, novos instrumentos
e novas roupas, e público português ficará a aguardar.
A primeira parte do concerto foi
feita pelos sul africanos Kongos, uma banda composta por quatro irmãos (os Kongos),
que trazem ao rock a presença do acordéon e que conseguem cativar o público com
a sua energia em palco e com os refrões facilmente memorizáveis. Quando tocaram
a música Escape, pediram por isqueiros, telemóveis ou que fosse que o público
tivesse à mão que pudessem usar para acender e tal foi a adesão, ao pedido, tal
foi o numero de telemóveis (os isqueiros caíram no esquecimento) a brilhar no
escuro da Meo Arena, que eu consegui tirar o meu caderninho da mala e tomar
algumas notas para esta reportagem. Deixaram o público animado e pronto para
receber o que aí vinha a seguir.
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