quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Croácia 2014 (Pt2)

Boas pessoal!


Cá vamos para a continuação da viagem à Croácia.

Tínhamos tido um dia cansativo de viagens de avião, madrugada num aeroporto e uma caminhada de cerca de 8km pelo meio de Marjan antes de chegarmos à maravilhosa praia de Bene. Jantamos muito bem, no Teatrino, restaurante mesmo ao lado do Teatro Nacional e fomos descansar. Nessa noite apanhámos a primeira do que seria uma grande quantidade de trovoadas durante a viagem.

Jantar do primeiro dia

No dia seguinte acordámos e a cidade estava como se nada estivesse acontecido. Estradas lavadinhas e molhadas, é certo, mas nada de poças ou de cheias pelas ruas. Os peixes a serem transportados para o mercado, o marisco já a contorcer-se nas bancas e os legumes já a brilharem, cuidadosamente empilhados...Era uma cidade onde tinha havido uma noite tranquila. Fomos para o ponto de encontro, para apanharmos a nossa excursão e 10 minutos antes da hora combinada estávamos junto à fonte, à espera, entusiasmados com a partida. Chegou a hora e ninguém com ar de guia vinha ter connosco pelo que fui ter com uma menina fardada de branco, quase como os marinheiros, perguntar se sabia de algo acerca das excursões para Krka. Abanou a cabeça dizendo que não e voltei para a nossa espera (fiquei a saber mais tarde que esses jovens fardados de branco são, digamos que como os nosso funcionários da EMEL. Não é isso exatamente, são para ajudar no estacionamento e na circulação, mas é parecido).

Cerca de cinco minutos depois da hora chegou então um mini autocarro azul escuro. Pára ao pé da fonte e um grande homem com cabelo muito curto põe a cabeça de fora da porta e grita "Krka!!!". Seria o nosso guia: Ernest. De todos os cantos da praça pessoas começam a movimentar-se em direção ao autocarro. Conseguimos o lugar mesmo atrás do condutor, perfeito para ver todas as vistas em primeira mão, toda a gente se instala e partimos em direção ao Norte. 


Ernest veio a revelar-se um guia muito espirituoso. Nascido e criado em Trogir, não se farta de elogiar a sua cidade (dizendo que é usada em filmes que querem filmar em Veneza mas não têm orçamento para tal) e recomendando que assim que tivermos tempo a vamos visitar. Tomamos nota mental para os dias em que vamos andar de carro: Trogir.

A viagem até Krka é feita pelo meio das colinas e montanhas, com vegetação mais rasteira. Ernest explica-nos que uma faísca naquele mato e tudo arderá em segundos. Algumas encostas encontram-se "escadeadas" com terraços de pedra (como as nossas nas encostas do Douro, para as videiras), que antes eram usados pelos agricultores que ali habitavam. Aquando da revolução industrial e o crescimento de cidades como Split, os campos foram abandonados. Todos partiram para as cidades em busca de uma vida melhor. E assim, ao longo da estrada vemos os terraços abandonados e as casas em ruínas.

Quando começamos a aproximar-nos da zona do Parque Nacional de Krka umas nuvens negras começam a fazer-se ver, e quando iniciamos a descida para as cataratas começa a chover torrencialmente. À entrada do Parque compramos um pequeno chapéu de chuva que será a nossa única proteção, visto que vínhamos a contar com um dia de sol e banhos nas famosas cataratas, tendo os impermeáveis ficado no quarto de hotel.

O Parque Nacional de Krka é o parque das cataratas. Uma imensidão de cascatas a tombar montanha abaixo, no meio de uma interminável manta verde. As passadeiras de madeira levam-nos onde temos que ir, serpenteando pelo meio da vegetação. Na maior catarata do parque alguns corajosos tomam banho nas frias águas. Eu não. Com muita pena minha. Mas se tomar banho e ficar molhada todo o dia, com o frio do ar condicionado do autocarro arrisco uma constipação logo no primeiro dia de viagem por isso não mergulho onde pensava vir a mergulhar desde à meses. O parque é uma maravilha, mas penso que devido à chuva não o aproveitamos como deveríamos.

Krka

Krka

Mosteiro de Visovac

Molhados da chuva e cansados regressamos ao autocarro para nos deslocarmos até ao sitio onde almoçaremos. O guia arranjou um almoço numa cabana típica, com produtos "fabricados" no local. Presunto, chouriço e diferentes outros enchidos. Tomates, azeite e vinho e licores caseiros. Assim foi o nosso almoço, composto de "petiscos". Passeamos um pouco pela zona do almoço, que estava ainda inserido em Krka, e depois partimos rumo a Sibenik: uma importante cidade histórica da Dalmácia. Adorei a sua imponente catedral, as suas ruas estreitinhas, as suas janelas enfeitadas com dezenas de vasos de flores, e principalmente os seus gelados artesanais. Ernest apresentou-nos a catedral e depois deixou-nos deambular pela cidade. Foi aqui, neste dia, que tivemos oportunidade de entrar para a Guerra dos Tronos, mas achamos por bem não estragar o casting  às pessoas que já se encontravam na fila interminável. Fica para a próxima, quem sabe.

Catedral de Sibenik

Catedral de Sibenik

Voltámos depois para Split, ao fim do dia, com o ar satisfeito de quem está de férias, de quem andou o dia inteiro a passear, e de quem tem ainda mais uma semana inteirinha de aventuras e paisagens maravilhosas pela frente, prontos para repousar.

Até breve!
Bem haja,
Rita**



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